FICHA TÉCNICA - 20º FESTIVAL NOIA
EQUIPE NOIA
Paulo Benevides - Direção
Virna Paz - Coordenação de Comunicação
Lucas Sales - Social Media
Doug de Paula - Curadoria
Monique Souza - Produção
Bruna Queiroz - Assistência de Produção
Joanice Sampaio - Assessoria de imprensa
Carlo Benevides - Designer, edição e TI
Victor Mesquita - Projeção
Marcelo Holanda - Cobertura Audiovisual e FotográficaCuradores de Cinema
Texto da curadoria de Cinema
Nesta edição de 20 anos do Festival NOIA, a equipe de curadoria encontrou um desafio a mais durante o processo de seleção: os efeitos colaterais da pandemia na produção cinematográfica dos núcleos de formação brasileiros, públicos e privados. Provavelmente, em 2020 esse efeito não foi percebido de forma tão aguda, talvez porque muitos dos filmes lançados foram produzidos no ano anterior e finalizados naquele momento. Mas em 2021 o mesmo não se aplica, por motivos que já conhecemos a contragosto, mas que foram e ainda são a nossa maior defesa contra o vírus da Covid-19 (distanciamento social, uso de máscaras e vacinação). É uma situação incontornável e que, infelizmente, não passaria despercebida pelos festivais universitários. Isso se refletiu, principalmente, no número abaixo de inscrições que recebemos, como também na desigualdade já conhecida entre as regiões, havendo a concentração de filmes inscritos da região sudeste. No entanto, percebemos que houve resistência frente às dificuldades que a conjuntura impôs e ressaltar isso é o que nos move. Sem isso, não haveria motivos para celebrarmos a vida, a nossa educação e o nosso Cinema. Esse empenho poderá ser visto nas Mostras Nacional e Cearense, que ao todo contemplam 30 curtas-metragens brasileiros. Algumas dessas histórias, inclusive, refletiram sobre esses quase dois anos de pandemia - muito se falou da nostalgia da cidade e dos afetos, também houve quem se valesse da câmera do computador para experimentar esse contato com as telas. E tantas outras histórias seguiram fabulando seus caminhos de diferentes maneiras. Que o público possa abraçar essas histórias e que a partir disso possamos lembrar do trabalho dedicado dessa juventude que teima em estudar e fazer Cinema no Brasil.
Curadoras de Bandas
Monique Souza - Sua carreira no mercado cultural se iniciou em 2012 na produção de um festival de bandas independente onde sua banda tocava. Estudou música no instituto pão de açúcar por 1 ano e participou da produção e curadoria de 3 edições do Grito Rock Fortaleza, Produção Feira da Música(2012 e 2016), Mostra Petrúcio Mais (2012), Festival de Música da Juventude (1° a 4° edição), Júri no Festival da canção de São Gonçalo de Amarante (2018) e Curadoria Mista de Bandas Festival Noia (2020).
Ylia - cantora e compositora cearense, lançou seu álbum debut Doces Náufragos em 2018, um estilo pop tropical que alcançou rádios, festivais e casas de show no Brasil e mundo afora, além de ganhar premiações na feira SIM São Paulo no mesmo ano e QualiCult e Vans Musicians Wanted após três anos de estrada. A artista se prepara para seu segundo trabalho, prometendo uma pegada ainda mais pop, investindo na música eletrônica e com nuances R&B. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2021.
Texto da curadoria de Bandas
Para a curadoria das bandas foram levadas em consideração a presença de mulheres; corpos dissidentes, entre eles, negros, gordos e lgbtqia+ e maturidade de produção, com trabalhos lançados e participação + histórico dos projetos na mídia e cena de Fortaleza. Esse ano também pensamos em uma curadoria de uma mostra comemorativa, onde temos bandas que já passaram por outras edições do Noia revivendo assim um pouco das outras edições.
Curador de Fotografia

Silas de Paula - Fotógrafo, Doutor pela Universidade de Loughborough, Inglaterra. 1999/2003 Diretor do Instituto Dragão do Mar. Participou de vários salões e exposições coletivas e individuais pelo Brasil e exterior.
Texto da Curadoria de Fotografia
O NOIA - Festival de Fotografia Universitária – traz, novamente, produções imagéticas realizadas pelos universitários. Inserção em um território que privilegia outras linguagens, tendo a tradição de um certo iconoclasmo, com uma crença maior no texto como produção de conhecimento. Não podemos esquecer que a visualidade se multiplica incontrolavelmente; as pessoas são interpeladas imageticamente em todos os instantes, em qualquer lugar. Essas imagens disponibilizadas no sistema consumidor, pela velocidade e alcance da globalização, pelas metáforas visuais das religiões, crenças e instituições, influem decisivamente nas imagens pessoais e mentais. Consequência disso é o declínio que essa visibilidade sofre na contemporaneidade - o de ver conceitualmente. Aqui, ao invés de trabalhar com teorias e hipóteses contestatórias, o NOIA prefere destacar ideias e imagens contrastantes, uma ficcionalização do cotidiano, como um construto narrativo que deve se inserir no ambiente da iconosfera contemporânea, pois à fotografia já não se exige mais uma fidelidade ao real ou uma reprodução de mundos. Ela libertou-se de orientações prévias, de como relacionar-se com o sensível e partiu para a invenção de olhares. A ficção, se seguirmos Jacques Rancière, não é proposição de engodos, mas a elaboração de estruturas inteligíveis. A revolução estética permite uma nova ficcionalidade, não mais constituinte de um regime representativo que busca especificidades e separações. Em um regime estético da arte – e da fotografia contemporânea – a ficção pode ser recolocada a partir da noção de fingire, que não significa fingir, mas, primordialmente, forjar. A escolha – quando possível – não é entre fato e ficção, mas entre boa e má ficção. São as conexões que importam, contando histórias e criando condições para o florescimento finito. Uma fotografia não é considerada subversiva por chocar, mas quando seu significado difere do referente literal e provoca, então, uma reflexão. E é isso que o Festival propõe.
Pois, hoje, somos todos fotógrafos/fotografados nesta paisagem imagética, contínua e mutável.
Júri de Cinema
Júri Oficial
Ester Marçal Fér tem formação é bacharela em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (2002), mestra em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2009) e atualmente é doutoranda em Multimeios na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde pesquisa processos de criação de roteiro no cinema brasileiro contemporâneo.
Júri da Crítica (Parceria com a Associação Cearense de Críticos de Cinema)
Beatriz Saldanha é crítica, curadora, pesquisadora e realizadora. Doutoranda em Comunicação Audiovisual com pesquisa sobre horror francês, mantém a revista eletrônica Les Diaboliques, onde escreve sobre filmes do gênero.
Thiago Henrique Sena é formado em Letras e em Cinema pela UFC. Possui experiência nas áreas de crítica cinematográfica, realização e roteirização. Escreve para o site Só Mais Uma Coisa sobre cinema e jogos. É vice-presidente da Associação Cearense de Críticos de Cinema – Aceccine.
Júri de Bandas
Mona Gadelha - Cantora, compositora, jornalista, produtora e pesquisadora. Coordena o Laboratório de Música da Escola Porto Iracema das Artes. Participou do disco “Massafeira” com seu blues “Cor de Sonho” (lançado em 1980 e relançado em 2010/CBS-Sony, com livro e um ensaio assinado por ela, entre outros autores). Lançou sete discos (Mona Gadelha, 1996; Cenas & Dramas, 2000; Tudo se Move, 2004; Salve a Beleza, 2010; Praia Lírica, um tributo à canção cearense dos anos 70, 2011; e Cidade Blues Rock nas Ruas, 2013 – este também em CD ao vivo e DVD, 2014). Realizou inúmeros shows pelo Brasil, criou projetos culturais com circulação em São Paulo e outras cidades, entre espetáculos musicais, literários e exposições de artes visuais, com a produtora Brazilbizz.
Júri de Fotografia
